Nome
CANTO AO CANTO DA C
ASA ESTA ASA SERENA
TOCA-LHE TU Ó LUZ T
AMBÉM TU ASA E ARMA
RI-ME UM RIO DE MAR
ISTO: MENINA EM LEI
NOME? SEU NOME VÊS N
AS 8 LINHAS DA RIMA
Mário Castrim, Histórias com Juízo
"- O que é a loucura? - É a base de todas as paisagens." Mário Cesariny
CANTO AO CANTO DA C
ASA ESTA ASA SERENA
TOCA-LHE TU Ó LUZ T
AMBÉM TU ASA E ARMA
RI-ME UM RIO DE MAR
ISTO: MENINA EM LEI
NOME? SEU NOME VÊS N
AS 8 LINHAS DA RIMA
Mário Castrim, Histórias com Juízo
por Sílvio Mendes à(s) sábado, dezembro 03, 2005 1 para a meia noite
"E ele dizia, com os olhos grandes e o sorriso a boiar no escuro, que contar estrelas fazia nascer flores nas mãos"
Milu
por Sílvio Mendes à(s) segunda-feira, novembro 14, 2005 4 para a meia noite
Esconde-esconde, o anzol.
Eu faço de árvore e tu de rouxinol.
Ambos parimos a música e protegêmo-la do sol.
Esconde-esconde dos filhos do mar
eu lanço a cana e tu ficas a olhar
saxofones afogados também são para pescar
Esconde-esconde a isca de lã.
Eu finjo de Príncipe e tu encantas-te de rã.
Se algum peixe nos morde, já está!
pouca-água, pouca-água, pouca-água, glu-glu!
vende-vende, a sardinha torta.
Eu agarro-a viva tu recebe-la morta.
Se estiver gostosinha, ninguém se importa.
vende-vende, o peixe de lata
se eu fizer de lua e tu de gata
podemos pescar palavras que ninguém se farta.
deusa-de-água, deusa-de-água, deusa-de-água, és tu-tu!
por Sílvio Mendes à(s) quinta-feira, setembro 15, 2005 4 para a meia noite
Renasceu! Renasceu!
Vai voltar a haver vida no cais.
Porque há pessoas que aceitam sempre os bons desafios.
Vamos voltar a ver a lua subir, à beira rio.
por Catarina à(s) quarta-feira, julho 06, 2005 1 para a meia noite
"Se queres ver o Mundo inteiro à tua altura
Tens de olhar para fora, sem esqueceres que dentro é que é o teu lugar
E se às duas por três vires que perdeste o balanço
Não penses em descanso, está ao teu alcance, tens de o reencontrar"
por Catarina à(s) segunda-feira, julho 04, 2005 3 para a meia noite
Hoje adicionei trinta gramas de amor à sopa
e agora vomito-o em esperas-de-espelho
coisas injustas
de tudo o que se inventou querer.
por Sílvio Mendes à(s) sexta-feira, julho 01, 2005 0 para a meia noite
ideia base:
O menino foi nascer para o mar
porque, diz-se,
não havia nenhuma cama livre no Hospital Melhorar.
A enfermeira-chefe, sem saber o que fazer
com tantos fedelhos sem sítio para nascer,
ordenou:
Atenção: todas as grávidas com idade par,
dar à luz só se for no Mar.
E a mãe do menino lá mastigou caminho
para no Mar-de-todos fazer seu ninho.
E, hoje, todos os amigos lhe perguntam:
mas aquilo lá no mar é livre,
lá também se vive?
E ele não responde,
mas atravessa o Mundo a nado,
com a segura vertigem de saber-se amado.
por Sílvio Mendes à(s) quinta-feira, junho 09, 2005 3 para a meia noite
Quero aprender a transformar monstros negros de garras afiadas em flores coloridas dotadas de encantamento.
No escuro.
Se alguém tiver conhecimento de algum workshop nesta área comunique.
Aguardo. Sobrevivo.
por Sílvio Mendes à(s) terça-feira, maio 24, 2005 4 para a meia noite
Parece irreal, mas este senhor escreveu mesmo isto.
"Vertigem
somos tão novos e estamos perdidos. o teu silêncio
dentro dos gritos das árvores, o meu silêncio sobre o
entardecer. seria feliz se pudesse dizer-te: vem,
vamos fugir de mãos dadas, amor."
Por: José Luis Peixoto em A casa, A escuridão.
por Catarina à(s) domingo, abril 24, 2005 6 para a meia noite
"Não é a estória que o fascina mas a alma que está nela. E ao ouvir os sonhos de Tuahir, com os ruídos da guerra por trás, ele vai pensando: "não inventaram ainda uma pólvora suave, maneirosa, capaz de explodir os homens sem lhes matar. Uma pólvora que, em avessos serviços, gerasse mais vida. E do homem explodido nascessem os infinitos homens que lhes estão por dentro."
Mia Couto, in "Terra Sonâmbula"
por Sílvio Mendes à(s) quinta-feira, março 31, 2005 3 para a meia noite
"Se eu fosse pintor passava a minha vida a pintar o pôr do sol à beira-mar."
por Sílvio Mendes à(s) terça-feira, fevereiro 22, 2005 0 para a meia noite
O arco-íris
é uma borboleta gigante
dá a volta ao mundo
num instante.
Quando uma asa está,
por exemplo, no Estoril
a outra já está
em Londres ou no Brasil.
António José Forte
por Sílvio Mendes à(s) segunda-feira, fevereiro 14, 2005 1 para a meia noite
A meia noite mudou de cara.
"Primeiro estranha-se, depois entranha-se."
por Catarina à(s) segunda-feira, fevereiro 07, 2005 5 para a meia noite
"Não se pede muito. Apenas uma flor. Azul. Amarela. Vermelha.
De todas ou qualquer cor do arco-íris, com todos os reflexos da esperança e da alegria.
É preciso uma flor. Garante-se. É tão urgente como o amor. Como a paz. Como a amizade certa entre as pessoas.
É preciso uma flor!
Que cresça no rosto das crianças, nas mãos dos adolescentes, no sorriso dos velhos, mas é preciso!
É preciso uma flor!
Azul. Amarela. Tanto faz. Uma flor pequenina. Áspera. Anónima.
A nosso lado há dezenas de mãos ignoradas onde a flor poderá florir.
Semeemos a flor.
É urgente.
É urgente.
Que se ponham anúncios nos jornais diários; que a rádio transmita incessantemente a notícia; que as crianças repitam o slogan, que os anúncios luminosos, ininterruptamente, repitam o grito.
É PRECISO UMA FLOR!
Que a flor invada a cidade, as casas, a rua, a oficina, o hospital, a escola, o atelier.
É preciso uma flor!
É PRECISO UMA FLOR!
Garante-se.
Testemunha-se.
Confirma-se.
O dia será diferente para todos, quando a flor acontecer.
Mais não podemos esperar.
APENAS UMA FLOR!"
por Sílvio Mendes à(s) sexta-feira, fevereiro 04, 2005 2 para a meia noite
Há um pequeno país
separado do continente por um rio de vinho
onde as mulheres amam os homens
com as palavras dos grandes poetas
(que eram homens que amavam mulheres e outros homens)
(...)
neste pequeno país
só há uma amor
um lago uma vida uma refeição uma luta
uma mentira e uma verdade
(...)
esse país, se as juntar ambas,
é
as minhas mãos.
Luis Felipe Borges, O Natal no meu país
Também as minhas.
por Catarina à(s) quinta-feira, janeiro 27, 2005 0 para a meia noite
"Davam-se todos bem,/ e o dia era fácil de viver. / Em uníssono compreendiam a harmonia, / e a sós compreendiam-na também. De quando em vez um deles afastava-se / e depois regressava; / encontravam-se amiúde pelo caminho / - afastando-se e regressando- /e gostavam de se encontrar assim.//
Daniel Maia-Pinto Rodrigues
in Apontamento (Saudade)
Tenho uma proposta.
Reavivar a plataforma.
Que me dizes?
Que me dizem?
por Catarina à(s) quinta-feira, janeiro 20, 2005 0 para a meia noite
Os meus passos são de flores.
Eu, uma vez, pisei o sol:
mas não o magoei porque
os meus pés são pequeninos.
Vitor Pinho Moura
(um menino que tinha 8 anos em 1993
e que não sei quem foi e/ou é)
por Sílvio Mendes à(s) segunda-feira, janeiro 17, 2005 0 para a meia noite
Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe.
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ía subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel,
E o menino ao vê- la assim, sorriu
E cortou- lhe o cordel.
MIGUEL TORGA “Diário”
por Catarina à(s) sexta-feira, janeiro 14, 2005 0 para a meia noite
por Sílvio Mendes à(s) segunda-feira, janeiro 10, 2005 0 para a meia noite
Ficaram as frases...
"Segundo quarto à direita."
"Não monopolizem o cinzeiro."
"Onde é que está o meu DVD da Eurovisão?"
"Se te atirares à água, eu vou a seguir."
E os rabiscos:
"Infiltro-me completamente. Não me sinto. Sou pluma de existência.(...) Estou toda aqui e vivo só dos outros. Porque os amo sem chorar. Os amo devagarinho." 1 Jan 2005
E também há um video. ;)
No meio das tochas e do champanhe, uma música em abraço cotectivo:
-"Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.."
Um sorriso e.. 2005
por Catarina à(s) segunda-feira, janeiro 03, 2005 0 para a meia noite