Se fosse uma palavra, não gostava de ser amor, nem liberdade, nem tempo ou borboleta.
Se fosse uma palavra gostava de ser um sim.
Daqueles ditos com um sorriso crescente, de amor, preparando-se para a liberdade.
Daqueles soltos, desafiantes do tempo. Como as borboletas.
segunda-feira, março 22
sexta-feira, março 12
Codificado
E as histórias que não sei contar? Seriam tantas se as encontrasse em mim. fazia um filme. usava uma caixa de sapatos para guardar charutos. e adoecia de cancro, como o meu pai.
venceu a doença.
o filme continua a preto e branco:
continua.
até que me encontre sem sono nem criatividade nos bolsos.
lá fora chove. vou na mesma.
por Sílvio Mendes à(s) sexta-feira, março 12, 2004 0 para a meia noite
domingo, março 7
Semente de ti
Os seus olhos pararam nos meus, suspensos na paredede da sala.
Com olho em estrela embalou:
- Ainda me lembro deste olhar de quem quer descobrir o mundo.
Hoje também.
O olhar continua atento. A descobrir-te.
Como o resto do mundo que fazes parar á tua volta, a sentir as ondas de encanto que multiplicas dentro de cada.
Não és fada. És a própria varinha de condão, Mar.
(Devolvo-te as palavras que, adivinho, me dirias):
- E, ás vezes, as pessoas grandes não entendem as varinhas de condão.
por Catarina à(s) domingo, março 07, 2004 0 para a meia noite
terça-feira, março 2
Amanheci
é bom ser de manhã. ser, enquanto a brisa gelada permanece os últimos segundos antes de descolar para um qualquer anoitecer. é bom Ser de manhã. Ser a própria manhã talvez não compense, ela que o diga. Ela que sempre existiu em si. Como eu não. Vou repetir: é bom. ter fome e sono desta "estranha forma de acordar que é estar pronto pra dormir". Amanheci e antes disso já a manhã existia. despertadores-dois às 7h15m. Acordei, mas antes disso a manhã já existia. é bom ser de manhã.
por Sílvio Mendes à(s) terça-feira, março 02, 2004 0 para a meia noite