terça-feira, setembro 11

Camaradáver esquisito

É outra vez domingo, apesar do esforço do lago e dos
braços de plantas e de cravos, não os que secaram mas os que agora
nascem
outra vez, como o domingo em que pela primeira vez te senti os
braços de ternura de desiquilibrada ternura, aos

pulos.
Por trás de cada dia está o maior sonho do mundo
da criança mais pura e quatro estradas sem
fim, mas sem m, assim como ti, uma nota

inventada
por três anões sem medo - fábula dos dias
de janela aberta e dos calendários de amor,
inteiros de vidros que não podemos pisar senão faz

dói-dói
- os sonhadores também sangram - mas este dia
é demasiado azul, sem espaço para rotativas
ambulâncias a fazer ti-nó-ni. Levam as pessoas que,
em vez de cheirar, beberam

cravos,
como a fantasia se cura com as sementes de flor,
como os astros despistados e a ternura do teu traço.
Escreves flores no meu
desejo água. água para saltar. Salta camarada

Allé Allé
, se me foges todos os dias, um domingo
para quê? para quem? Se vai longe a luz blá blá

blá.
Mas para dias asssim há sempre um fim. Escolhe-
te acostas, te desmotivas. Só tento o riso, o teu, mas
sou um tanto ao quanto desajeitada.
Meu ajeito