segunda-feira, janeiro 19

Rápido e descoordenado

deve ser tão bom poder-se sorrir por estar a escrever. Gerlamente quando escrevo, apenas escrevo. Sem sorrir. É um alívio mas não de felicidade. Geralmente só uma língua de fora e papéis em branco a abarrotarem ideias por escrever´. É quando escrevo melhor.
e é tão certo ter que carregar o fardo da incomunicabilidade na minha escrita.
"Só o silêncio pode demonstrar a cumplicidade...";
"donos dos nossos silêncios e prisioneiros das nossas palavras...";
e as tardes acabam por findar todas assim, na mesma nostalgia do incomunicável.
não comunico, escrevo.
porque as minhas palavras não devem nem podem ser interpretadas.
e devem habitar a aldeia Inofensividade como se ela (e a palavra) existisse(m).

mais descoordenado do que rápido, afinal.



não abras.

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