outra quase-coisa
Esconde-esconde, o anzol.
Eu faço de árvore e tu de rouxinol.
Ambos parimos a música e protegêmo-la do sol.
Esconde-esconde dos filhos do mar
eu lanço a cana e tu ficas a olhar
saxofones afogados também são para pescar
Esconde-esconde a isca de lã.
Eu finjo de Príncipe e tu encantas-te de rã.
Se algum peixe nos morde, já está!
pouca-água, pouca-água, pouca-água, glu-glu!
vende-vende, a sardinha torta.
Eu agarro-a viva tu recebe-la morta.
Se estiver gostosinha, ninguém se importa.
vende-vende, o peixe de lata
se eu fizer de lua e tu de gata
podemos pescar palavras que ninguém se farta.
deusa-de-água, deusa-de-água, deusa-de-água, és tu-tu!
4 comentários:
Que linguagem tão linda e fluída..
Adorei o teu poema Sílvio.
Abraços...
pescar de rimas, ritmos e risos.
Só risos.
:)
lindo-lindo-lindo-lindo-lindo :)
a mim lembra-me a poesia africana cheia de ritmo que se estudava no liceu. muito lindo :)
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