Aqui Nasceu Portugal II
Na carripana a caminho de França, para a capital das
luzes ou coisa assim que brilham, brilham e depois
caem azuis, ou caem
amarelas? As ainda não amarelas sexta-feiras sem
água que me cresce na boca quando tenho
sede mas daquela que dá pontos nos postos de abastecimento
de beijos, de lábios. Beija-me sem lábios. Beija-me
com a pele, Beija-me com a parte de dentro
dos beijos, dos que afastam todos os mares de pedras e an-
seios que cubro e tu cobres, que eu descubro e tu
cobres a minha ausência de sentidos com a ternura
contínua, continua, continua. Não há fim que se consiga manter
fim. E recordá-lo tantas vezes quantas as precisas para
só viver, com asas de pombo apaixonado, esse
momento - início, de momento em momento com
pétalas a secar no dossier. Rosas e laranjas e frutos e flores
e cores, ou então candeeiros pálidos pendurados no tecto,
à espera da tempestade da flor silvestre.
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