quarta-feira, fevereiro 21

Aqui Nasceu Portugal II

Na carripana a caminho de França, para a capital das
luzes ou coisa assim que brilham, brilham e depois
caem azuis, ou caem
amarelas?
As ainda não amarelas sexta-feiras sem
água que me cresce na boca quando tenho
sede
mas daquela que dá pontos nos postos de abastecimento
de beijos, de lábios. Beija-me sem lábios. Beija-me
com a pele, Beija-me com a parte de dentro
dos beijos
, dos que afastam todos os mares de pedras e an-
seios que cubro e tu cobres, que eu descubro e tu
cobres
a minha ausência de sentidos com a ternura
contínua, continua, continua. Não há fim que se consiga manter
fim.
E recordá-lo tantas vezes quantas as precisas para
só viver, com asas de pombo apaixonado, esse
momento - início, de momento em momento com
pétalas a secar no dossier. Rosas e laranjas e frutos e flores
e cores,
ou então candeeiros pálidos pendurados no tecto,
à espera da tempestade da flor silvestre.

Sem comentários: