Camaradáver esquisito
É outra vez domingo, apesar do esforço do lago e dos
braços de plantas e de cravos, não os que secaram mas os que agora
nascem outra vez, como o domingo em que pela primeira vez te senti os
braços de ternura de desiquilibrada ternura, aos
pulos. Por trás de cada dia está o maior sonho do mundo
da criança mais pura e quatro estradas sem
fim, mas sem m, assim como ti, uma nota
inventada por três anões sem medo - fábula dos dias
de janela aberta e dos calendários de amor,
inteiros de vidros que não podemos pisar senão faz
dói-dói - os sonhadores também sangram - mas este dia
é demasiado azul, sem espaço para rotativas
ambulâncias a fazer ti-nó-ni. Levam as pessoas que,
em vez de cheirar, beberam
cravos, como a fantasia se cura com as sementes de flor,
como os astros despistados e a ternura do teu traço.
Escreves flores no meu
desejo água. água para saltar. Salta camarada
Allé Allé, se me foges todos os dias, um domingo
para quê? para quem? Se vai longe a luz blá blá
blá. Mas para dias asssim há sempre um fim. Escolhe-
te acostas, te desmotivas. Só tento o riso, o teu, mas
sou um tanto ao quanto desajeitada.
Meu ajeito
1 comentário:
"never ending story" Fica-te bem.
Azul como sempre
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